Memórias – Sensei Breno Oliveira (1942-2023) 6º Dan Aikikai de Aikido.
Em janeiro de 1968, após uma impressionante apresentação de Kawai Sensei e muitos tombos ingressei do dojo de Aikido, na rua das Carmelitas, segundo andar e comecei a treinar Aikido.
Não foi minha primeira arte marcial, já tinha dois anos de karatê Nihon mas o Aikido me parecia mágico.
Comigo na época tinha o Marco Natali, o Alfredo Palacios, o Luis Nelson, o Shiuzo, o Guido e outros mais. Quem dava os treinos diariamente era o Ono Sensei. Kawai Sensei aparecia de vez em quando. Lá por 1971 apareceu o Wagner e o Eduardo Pinto. Que também passaram a fazer parte da chamada “turminha da pesada”.
A gente treinava segundas, quartas, sextas-feiras, sábado e domingo. Só parava no final de semana do aniversário do Imperador do Japão, e era quando lavávamos e pintávamos o dojo. Quanta saudade!
Em 1975 Kawai Sensei abriu o dojo do Jardim Previdência, e me levou com ele para lá.
Deu-me os treinos de terças, quintas-feiras e sábados. Lá começaram a treinar o Luiz Panteleão, a Cristina Bulcão, o Daniel. O Eduardo Pinto também foi pra lá.
Em 1976 o Roni Stelinger pediu ao Kawai Sensei um professor de Aikido, e ele me indicou. A academia era na Avenida Bandeirantes, uma jóia. Lá começaram o Fernando Salvador, a Marjorie, e mais cinco mulheres.
Fiquei lá até 1977, quando fui designado por Kawai Sensei para o Palmeiras. Também em 1977 fui ajudar o Maruyama em Osasco, onde começou a treinar o José Brasil, o Lancha, hoje 4º dan.
Em 1981 me mudei para Franca, lá dei treino no Clube dos Bagres e dos alunos da época lembro do Marcelo Russi e do Aguinaldo, um molequinho tenaz.
Em 1983 cheguei a Ribeirão e iniciei os treinos no dojo do Takashi. Lá começaram a treinar o Itamar, o Tuma e o Ferrone. Fiquei lá uns dois anos, em seguida fui para o dojo do Pedro Okuyama e depois para o dojo do Roberto Santana. Em seguida para o Centro Ribeirãopretano de Judô onde fiquei 8 anos e onde consolidamos a base do Aikido no norte do estado.
Lá começaram o João Batista, o Waltão, o Marquinhos , o Claudionor, a Solange, a Claudia, a Kelly, o Oseas, o Neto, e continuaram o Itamar e o Ferrone.
Os treinos eram às terças, quintas-feiras e sábado, nos outros dias, às segundas, quartas e sextas, dei treinos na RT do Totô e Areza durante uns dois anos. Lá começaram a treinar o Fábio Piovesan, hoje 5 º dan e conheci o Ricardo Lopez da Argentina, hoje 5º dan e ainda ligado a nós. Também nessa época reiniciei os treinos em Franca. Procurado pelo Marcelo Russi e pelo Aguinaldo. Ia lá uma vez por semana. Hoje eles tocam o dojo sozinhos, pois eles contam com muitos Yudanshas. Entre eles o José Renato, o Moisés, o Silveira, e outros.
Após 4 anos passei para o Green Planet, onde fiquei uns 4 anos.
Depois de lá fui para um dojo montado pelo Ferrone, fiquei lá uns dois anos, e fui em seguida para a Água Viva, onde fiquei uns 3 anos, e onde começou a treinar o Clóvis, hoje 2º dan.
De lá fui para o Centro Médico, onde estou até hoje, e onde voltou a treinar meu filho e amigo, Fabio.
De todos os shodans que formei nas academias até hoje, muitos dão treinos, o Marquinhos em Ribeirão, Araraquara e São Carlos, o Aguinaldo em Franca, o Neto em Ribeirão, o Carlo e o Barô na Usp em Ribeirão, o Ferrone em Ribeirão (mas com associação própria), o Orfanó em Uberaba, onde existe mais de um dojo. Tocado pela Miriam, Massako, Antonio e Rubinho (alunos do Orfanó) e a Vanessa sua filha. O Fábio em São José dos Campos, o Giba, Pedro Ivo e Izé em São Carlos. O Ricardo em Buenos Aires e Bariloche, e o Aramayo na Bolívia em Cochabamba, entre tantos outros.
E hoje o Aikido continua sendo mágico, como eficiente arte marcial e como uma forma maravilhosa de se fazer amigos para a vida inteira.